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  • Precisamos falar sobre água

    DATA: 22/09/2017

    Publicado por: Novonor

    Ela foi escolhida como tema do último Relatório Anual da Odebrecht S.A. e deve ganhar mais destaque nas nossas discussões e iniciativas em Sustentabilidade

     

    Muitas regiões estão perto de enfrentar situações de conflito por falta d’água. Em menos de dez anos, 48 países não terão água suficiente para as suas populações, o que colocará em risco quase três bilhões de pessoas.

     

    A previsão é da Organização das Nações Unidas (ONU) e acende um alerta sobre o que nós –governos, empresas e cidadãos – fazemos para minimizar o impacto do nosso consumo sobre o planeta. Um impacto que não reflete apenas no crescimento econômico e na estabilidade política global, mas que refletirá, sobretudo, no nosso futuro.

     

    Com processos produtivos que dependem do uso contínuo desse recurso, como tornar o consumo cada vez mais responsável na nossa empresa? O Grupo Odebrecht vem adotando medidas para garantir isso. Algumas delas já refletem em nossos indicadores e servem de referência para avançarmos ainda mais no tema.

     

     

    Os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU orientam as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional em temas como redução das desigualdades, combate ao aquecimento global, igualdade de gênero e energia limpa. Água e Saneamento são os temas do sexto ODS

     

     

    No Grupo Odebrecht

     

    Pela natureza de suas atividades, água é um assunto de maior ênfase na Odebrecht Engenharia & Construção (OEC), na Braskem, na Odebrecht Agroindustrial e na Fundação Odebrecht. De acordo com o Relatório Anual 2016/2017 da Odebrecht S.A., a Agro conseguiu recircular 50,6% da água captada em seu processo industrial e reutilizar 100% da água que saiu da indústria na fertirrigação do campo. Levando-se em conta que a agricultura responde por cerca de 70% do consumo de água doce no mundo, esse indicador mostra que é possível, sim, fazer a diferença.

     

    “Historicamente, cada Negócio vem tomando medidas para reduzir sua pegada hídrica, ciente dos desafios inerentes a sua atividade. As iniciativas envolvem desde ações básicas, para conhecer consumos e identificar perdas, até inovações tecnológicas e quebras de paradigmas, como é o caso do Projeto Aquapolo, que abastece a Braskem com água reciclada do processo de tratamento da SABESP, em São Paulo”, exemplifica Carla Pires, da Área de Sustentabilidade da Odebrecht S.A. “Outras iniciativas, como o projeto Recuperação de Nascentes em Assentamentos, da Agro; e de reuso nas obras da Hidrelétrica de Laúca, em Angola, também demonstram que todas as áreas têm se preocupado em avançar nesse tema”, diz.

     

    Na Braskem, o consumo total do recurso em 2016 foi 3% menor em relação ao do ano anterior. Além disso, a empresa conseguiu reutilizar 23,4% de toda a água que consumiu em 12 meses nas suas atividades industriais.

     

    A Engenharia & Construção, por sua vez, teve redução de 37,9% no consumo hídrico no ano passado, embora o índice também reflita o menor número de obras ativas. Em suas frentes de trabalho, é enfatizado o reuso de efluentes gerados durante as obras. “A água é um recurso natural cuja administração vem sendo crescentemente requerida. Mesmo onde ele é abundante, o cuidado com sua qualidade justifica esforços”, ressalta Paulo Campos, responsável por Sustentabilidade na OEC. ““Na Construtora, a água pode ser incorporada aos nossos produtos ou usada em processos produtivos. O reuso já é uma realidade, mas podemos avançar ainda mais. Fazendo isso, conseguimos o benefício duplo de reduzir sua extração da natureza e diminuir o lançamento de efluentes em corpos d’água naturais”, diz.

     

    A própria gestão do Edifício Odebrecht São Paulo (EOSP), que reúne a maioria dos Negócios do Grupo, dá o exemplo de como essa consciência precisa estar na rotina das pessoas, inclusive no escritório. O EOSP possui uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) que garante o tratamento de cerca de 1,8 mil m³ de águas residuárias por mês e contribui com redução da demanda de água tratada fornecida ao edifício.

     

    “O tema segurança hídrica é um dos desafios que já enfrentamos. Precisamos melhorar nosso desempenho com indicadores que demonstrem o uso racional da água, partilhando da proteção de nascentes, da redução de perdas, do uso consciente e do reuso”, avalia Sergio Leão, responsável por Sustentabilidade na Odebrecht S.A..

     

    EOSP possui uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) que garante o tratamento de cerca de 1,8 mil m³ de águas residuárias por mês, usada, por exemplo, para regar as platas do edifício

     

     

    Em seu Relatório Anual 2016/2017, a Odebrecht S.A. traz a água como tema principal. Água como elemento de renovação e transparência, representando o momento atual da empresa. E água, sobretudo, como recurso fundamental para a vida

     

     

    Ações sustentáveis

     

    O Grupo Odebrecht também tem se dedicado à conscientização sobre o tema na sociedade. Liderado pela Braskem, o Movimento pela Redução de Perdas na Distribuição busca melhorar a gestão de recursos hídricos no Brasil com o combate a perdas físicas no sistema de distribuição. O projeto estimula a participação e engajamento do Governo, da sociedade civil e do setor privado, com enfoque na melhoria da eficiência no uso da água.

     

    Na Fundação Odebrecht, o desafio é fomentar o desenvolvimento sustentável nas comunidades do Baixo Sul da Bahia. Por meio do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), a instituição apoia a Organização de Conservação da Terra (OCT), que recupera nascentes favorecendo a disponibilidade hídrica da região e conservando a vegetação local. A OCT também orienta tecnicamente os agricultores sobre o planejamento, a regularização das suas propriedades e a conservação do solo.

     

    Apoiado pela OCT, outra iniciativa tornou a cidade de Ibirapitanga a primeira Produtora de Água da Bahia. Por meio do Programa Municipal de Pagamentos de Serviços Ambientais, agricultores que adotaram boas práticas de conservação da água e do solo passaram a receber, além da orientação técnica, apoio financeiro para o planejamento integrado de suas propriedades.

     

    Projeto Aquapolo, que abastece a Braskem com água reciclada do processo de tratamento da SABESP, em São Paulo

     

    Na Agro, o projeto Recuperação de Nascentes em Assentamentos – desenvolvido pelo Programa Energia Social em parceira com a Universidade Federal de Goiás – atuou diretamente na recuperação de nascentes em lotes de assentamento na zona rural do município de Perolândia.

     

    O projeto propôs o diálogo e a troca de experiência com agricultores sobre a importância de conciliar produção e preservação. O modelo considera não só a questão ecológica, como também aspectos econômicos, sociais e culturais relacionados às atividades agrícolas. O objetivo é frear a degradação de nascentes ocasionada pelo uso intensivo das áreas para agricultura e pecuária.

     

    Houve um ganho ambiental significativo, pois nascentes foram cercadas e isoladas dos agentes de degradação. Também foram plantadas 600 mudas de espécies nativas do Cerrado para contribuir com a função ecológica de manutenção da recarga hídrica dos cursos d´água, proteger o entorno e ainda manter a biodiversidade local e com a preservação da flora. Após um ano de recuperação, foi comprovado em depoimento dos próprios assentados o reaparecimento da água em grande volume nos lotes.

     

    Por meio do Programa Municipal de Pagamentos de Serviços Ambientais, apoiado pela Fundação, agricultores que adotaram boas práticas de conservação da água e do solo passaram a receber, além da orientação técnica, apoio financeiro

     

    Outra iniciativa, dessa vez em Angola, foi uma das vencedoras do Prêmio Destaque em 2014. Um projeto conduzido pela Engenharia & Construção foi considerado inovador por integrar um conjunto de ações que tornaram viável o reuso de grandes volumes de efluentes, tanto industriais como sanitários, gerados nos principais processos da obra da Hidrelétrica de Laúca.

     

    “Nossa experiência mostra que os melhores resultados com uso racional da água surgem quando há uma convergência de ações da iniciativa privada, de governos, e de organizações da sociedade civil. Este é o caminho que devemos priorizar em nossos Negócios”, diz Sergio Leão.

     

     

     

    O que fazemos para evitar o desperdício de água? No Edifício Odebrecht São Paulo, uma ação evidenciou que nós, integrantes, nem sempre estamos atentos a isso: em julho, a administração computou mais de mil litros de água recolhidos dos copos de água mineral abertos e deixados nas mesas de trabalho. Mais de 3,5 mil copos jogados fora em um único mês. Toda a água recolhida foi reutilizada pelas equipes de limpeza, mas óbvio que essa medida paliativa está longe de ser a solução. E você? O que tem feito no seu dia a dia?

     

     

    Você sabia?

     

    Empregos estão diretamente relacionados à gestão hídrica, em áreas como abastecimento de água, infraestrutura e gestão de resíduos; e a setores dependentes de água, como agricultura e pesca. Além disso, os acessos ao saneamento e à água potável tratada facilitam a criação de oportunidades de renda e a formação de uma força de trabalho engajada e consciente

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